MELHOR EP
AMIINA – Re Minore – Como um quarteto de cordas islandês cria música orgânica de maneira quase rústica, e ainda adiciona elementos novos para sua música, como uma bateria marcante e harmoniosa? Com apenas 3 músicas, que deram um novo rumo à carreira. Simples assim.
Mais: EP Re Minore
Outros destaques: BEIRUT – March of the Zapotec / Realpeople Holland (incursões pelo mariachi e electro, sem mistura); ANTONY & THE JOHNSONS – Another World (mais de sua arte, em músicas compostas no início de carreira)
MELHOR 2º DISCO DE CARREIRA
BAT FOR LASHES – Two Suns – Depois de um primeiro disco em que parecia emular Cat Power e Bjork (não que seja ruim, entendam), a cantora Natasha Khan, britânica filha de paquistaneses, se libertou de suas referências para consolidar seu universo próprio. Isso é que é prova de maturidade. Destaques para “Pearl´s Dream”, “Glass” e “The Siren Song”.Outros destaques: NOAH &THE WHALE – The First Days of Spring e BARZIN – Notes for an Absent Lover (bonitas representações de um coração partido, um jovem e outro já experimentado); o já citado JACK PEÑATE; CHARLOTTE GAINSBOURG – IRM (En la recherche de la expression perdue)
MELHOR DISCO BRASILEIRO
OTTO – Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos – Não valorizado pela gravadora nacional, arrasado por uma separação, fez de tudo e mais um pouco para reunir seus entes mais próximos para fazer um disco melancolicamente vibrante, de enorme substância. A produção americana ajudou a valorizar os timbres junto à percussão orgânica e no final todos saíram ilesos. E nós ficamos com esse belo legado. Destaques para “6 Minutos”, “Filha” e “Lágrimas Negras”.
Mais: Álbum "Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos"
Outros destaques: OS MUTANTES – Haih ou Amortecedor (bela expressão de pujança criativa, uma visão brasileira do mundo de hoje mesmo com os pés nos anos 60 e uma bela ajuda de Tom Zé); ZÉLIA DUNCAN – Pelo Sabor do Gesto (disco delicado e de veia pop); TIÊ – Sweet Jardim (grata surpresa, de voz singela e expressiva); e MÓVEIS COLONIAIS DE ACAJU – Complete (disco mais polido, mas ainda assim festeiro).
MELHOR “VOLTA POR CIMA” – Aqui estão discos que representam uma virada mais notável na carreira de artistas que estavam obscurecidos por obras menos relevantes ou desaparecidos do cenário.
MAGNOLIA ELECTRIC CO. – Josephine – Esse grupo do estado americano do Idaho estava perdido desde que deixou suas raízes country-folk de lado para aventurar-se em turnês infindáveis regadas a rock de garagem. Foi preciso a morte do baixista para que todos voltassem às raízes e valorizassem aquilo que era mais essencial em sua obra. E assim as coisas voltaram ao seu rumo. Destaque para “Josephine”, “Map of the Falling Sky” e “Shiloh”.
Mais: Álbum "Josephine"
Outros destaques: JASON LYTLE – Yours Truly the Commuter (após o fim do Grandaddy, nada como voltar à velha forma); WILCO – The Album (despretensioso como há muito não se via); os já citados LEONARD COHEN e OS MUTANTES; MOBY – Wait for Me (álbum puramente pessoal) e AIR – Love 2 (leve e faceiro).
Ainda esta semana, a 2a parte do especial MELHORES DISCOS DE 2009. Deixe sua opinião!
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